O Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina (TJD-SC) determinou, na noite de terça-feira (18), a interdição imediata do estádio Augusto Bauer, impactando diretamente o Brusque Futebol Clube e o Clube Atlético Carlos Renaux. A decisão foi tomada por unanimidade durante o julgamento do processo 40/2025 e tem relação com um incidente ocorrido em 1º de março, antes do jogo entre Brusque e Chapecoense, pelas quartas de final do Campeonato Catarinense.

O que motivou a interdição?

O caso teve início quando um banner da Federação Catarinense de Futebol (FCF) foi removido das redes de proteção do estádio. A estrutura havia sido instalada para bloquear a visão do bar “Na Cara do Gol”, localizado ao lado do campo e que possui janelas com vista direta para o gramado. Um funcionário do estabelecimento, seguindo ordens do proprietário, retirou o banner horas antes da partida.

Diante do ocorrido, a Procuradoria denunciou o Brusque com base no artigo 211 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata da obrigação dos clubes de garantirem a segurança e infraestrutura dos locais de competição. Como punição, o Brusque recebeu uma multa de R$ 100,00 e a interdição do estádio até que sejam cumpridas as exigências da FCF.

Impacto para Brusque e Carlos Renaux

A interdição afeta diretamente os dois clubes que utilizam o Augusto Bauer como mando de campo:

• O Brusque, que disputará a Série C do Campeonato Brasileiro, precisará encontrar um novo local para suas partidas ou aguardar a regularização do estádio.
• O Carlos Renaux, dono do estádio e participante da Série B do Catarinense, também será prejudicado e terá que buscar uma alternativa para seus jogos.

A decisão foi relatada pelo auditor Miguel Vicente Centurion Mirapalhete Impalea, e houve divergência apenas sobre a penalidade financeira. O auditor Uander sugeriu uma multa de R$ 10.000,00, mas a maioria optou por manter o valor simbólico de R$ 100,00.

O que acontece agora?

A interdição do Augusto Bauer permanecerá em vigor até que todas as exigências da FCF sejam cumpridas. No entanto, os detalhes dessas exigências ainda não foram divulgados oficialmente.

A defesa do Brusque foi feita pelo advogado Dr. Igor Kruger, enquanto a FCF participou do processo como terceiro interessado, representada pelo Dr. Rodrigo Capella.

Agora, Brusque e Carlos Renaux correm contra o tempo para regularizar a situação do estádio ou buscar um novo local para suas partidas, garantindo a continuidade da temporada.