O Observatório Astronômico que Nunca Viu as Estrelas!

mai
09
2025
Curiosidades

por: bqmilgrau

Em 2007, Brusque iniciou a construção de um dos projetos mais ambiciosos de sua história: o Observatório Astronômico Municipal. Localizado no topo do bairro Mont Serrat, o espaço foi idealizado para se tornar um centro de referência científica, educacional e turística em Santa Catarina. O projeto arquitetônico previa uma estrutura moderna, com cúpulas de observação, auditório, área para exposições, estacionamento para ônibus escolares e jardins temáticos voltados à astronomia.

Era a promessa de um espaço que inspiraria gerações a explorar o cosmos — bem ali, no coração do Vale do Itajaí.

Uma obra concluída… no papel

Apesar do grande entusiasmo inicial, a obra foi oficialmente dada como “concluída” em outubro de 2008. No entanto, nunca chegou a funcionar. Dois meses após essa suposta conclusão, um aditivo contratual no valor de R$ 714 mil ainda foi assinado com a construtora — levantando questionamentos sobre a real situação da estrutura.

O prédio ficou fechado, inacabado e abandonado. Com o passar dos anos, o mato tomou conta do local e a estrutura começou a apresentar sinais de deterioração severa.

Anos de abandono e um fim silencioso

Em 2023, após anos de negligência e risco de desabamento, a prefeitura autorizou a demolição das ruínas. Um laudo técnico concluiu que a estrutura estava comprometida e sem possibilidade de recuperação. O que era pra ser um símbolo de conhecimento virou entulho.

A decisão foi acompanhada da promessa de dar um novo destino ao espaço: vender o terreno e aplicar o valor arrecadado nas obras de ampliação da Avenida Beira Rio Dom Joaquim.

Hoje, só resta o terreno vazio

O terreno permanece baldio. A Prefeitura de Brusque ainda aguarda a conclusão de trâmites legais de regularização da matrícula e avaliação oficial para colocar o espaço à venda. A estimativa é que o edital seja publicado após esse processo.

Enquanto isso, resta apenas a lembrança do que poderia ter sido um marco na educação e na cultura científica da cidade.

Fonte: Jornal O Município

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